Olhão, Portugal (1942-
CARTA
PARA O CÉU
Aníbal
Nobre
À minha querida Mãe
que subiu ao Céu
após prolongado sofrimento
Mãezinha,
a minha Dor não tem medida,
Nem
tamanho, formato, peso ou cor!
E
é por não ter limite a minha Dor
Que
eu sinto no limite a minha Vida!
Mãezinha,
no momento da partida
— Ou do regresso a Deus, o
Criador!,
Entre rosas e mágoas e Amor,
Da minha Dor levaste a mais
sentida!...
Foi doloroso e trágico o teu fim;
Foi triste e comovente o ver-te
assim
A desistir da Vida... a
suplicar...
Porém, mãezinha, eu sei que, na
verdade,
Se soubesses que eu morro de
Saudade
Desistias do Céu... p’ra me
salvar!
O SONETO
Aníbal
Nobre
Eu tenho
um belo nome a defender
E um
rigor que ninguém ousa negar;
De
quadras e tercetos tenho um par,
Pois são
catorze versos que hei-de ter.
Sou fácil
ou difícil de fazer,
Mas nada
se me pode comparar,
Quer na
forma perfeita e singular,
Quer nos
temas que tendo descrever.
Tamanha
perfeição só em mim cabe!
E tenho —
quando feito por quem sabe —
“Chave de
Ouro” no último terceto.
Fizeram-me
Camões, Bocage, Antero!,
Mas p’ra
falar de mim, tal como quero,
Eu
próprio fui Poeta... e sou Soneto!
FÉ E AMOR
Aníbal
Nobre
Domingo...
Sol ou chuva... Na capela
Vi
sempre um casalinho em oração.
Com
mais de oitenta anos, ele e ela,
Vão
rezar em silêncio, mão na mão.
Ele,
cego, traz sempre na lapela
Uma
cruz bem chegada ao coração;
Porém,
os apagados olhos dela
É
que prendem, sem dó, minha atenção...
...
Ela também é cega! E, de certeza,
Nem
vaidade, nem sorte, nem riqueza
Nos
seus trajes humildes eu distingo...
Cegos,
pobres, doentes, velhos, sós...
— Ah! Que
lição de Amor p'ra todos nós
Este
exemplo que Deus vê ao domingo!
PÔR-DO-SOL
E PÔR-DA-VIDA
Aníbal
Nobre
Por acaso
já viste, meu Amor,
Que um
Pôr-do-Sol é pura Poesia?!...
Que é
purpúreo Encanto que extasia,
E tem, do
coração, a própria cor?!...
Já viste,
meu Amor, toda a magia
Que
existe na Beleza de um Sol-pôr,
Que torna
o coração mais sonhador
E
transforma a tristeza em alegria?!...
Se já
viste, também deves saber
Que um
dia, como o Sol, vamos morrer
Tendo o
Céu como meta apetecida...
Porém,
não é igual nosso arrebol...
Pois se é
belo de ver o Pôr-do-Sol,
É bem
triste de ver o Pôr-da-Vida!
O PEQUENO
MENDIGO
Aníbal
Nobre
Muitas
vezes se cruza em meu caminho
Com seu
sorriso aberto e inocente,
Um pequeno
e descalço pobrezinho
Que
transmite ternura a toda a gente!
Com dez
anos — ou menos —, tão sozinho,
Pede
esmola pedindo pão, somente!
Mas a
falta de Amor e de Carinho
Nos seus
olhos azuis é evidente!
Quando
ontem uma esmola lhe quis dar,
Curioso,
atrevi-me a perguntar
O que é
que transportava na sacola...
... Eram
só três bocados de pão duro!
— Mas ao
ver seu olhar tão grato e puro,
Fui eu
quem recebeu a maior esmola!
A ÚLTIMA
CARTA
Aníbal
Nobre
Deu meia
noite! Insônia... Ansiedade...
O lume,
na lareira, crepitava...
Peguei
numa caneta que ali estava
Na esperança
de escrever toda a verdade!...
Era já
mais Amor do que Amizade
O que a
sua beleza me inspirava...
Mas para
confessar que tanto a amava
Faltava-me,
talvez, maturidade...
Dez
cartas que escrevi, logo rasguei;
E dez
vezes, também, recomecei
P’la
madrugada fora, até ser dia...
...Foi a
última carta que escrevi,
Mas após
as mil vezes que a reli,
Lancei-a
na braseira que morria!...
PINTOR DO
IMPOSSÍVEL
Aníbal
Nobre
Quis ser,
da Cor mais bela, o inventor,
Por me
julgar Pintor e ser Poeta;
Mas era
tão distante a minha meta
E tão
fraco o talento de Pintor...
A tudo,
ou quase tudo, quis dar Cor
E
misturei mil tintas na paleta...
...Até
que descobri a Cor secreta
Com que
iria pintar o Criador!
Pintei de
verde a Esp’rança e a Saudade;
De
vermelho a Alegria e a Vaidade;
De branco
a Paz e a Fé, de azul os Céus;
Cor-de-rosa
o Amor, cinzento a Sorte;
E se
pintei de negro a negra Morte...
...Da Cor
do Arco-Íris pintei Deus!...
CARTA DO
SONETO À QUADRA POPULAR
Aníbal
Nobre
Posso
ser, como tu, triste ou faceto;
Como tu,
sou difícil de forjar;
E há
sempre quem nos queira comparar
E nos
chame “Poema Predilecto”!
Teus
versos — que não passam de um quarteto —,
Dão-te
essa pequenez peculiar!...
— P’ra
mim, tu és a “Quadra popular”!
— P’ra ti
eu sou o “Príncipe Soneto”!
Não sei
qual de nós dois é mais Poema;
Sei que
deixo aos Poetas o dilema,
Deixando
para nós a fantasia...
Porém,
sei que sou teu e tu és minha!,
Porque me
chamam “Rei” e a ti “Rainha”,
Aonde
quer que reine a Poesia!
AMOR
IMPOSSÍVEL
Aníbal
Nobre
Senti-me
Poeta quando me sorriste;
Tive a
luz da Lua, quando me falaste.
De
alegre, porém, passei a ser triste,
Pois
triste fiquei só porque choraste...
Tive o
Mar em mim — que em meus olhos viste;
Tive o
Céu também, quando me escutaste.
Agora não
sei se no mundo existe
Tristeza
maior... Ventura que baste...
Tu eras,
p’ra mim, o Céu e o Mar;
Tu eras,
ainda, o Sol, o luar
E a deusa
que via e que tinha por meta...
Porém,
quando quis ver teus olhos risonhos,
A Vida
madrasta roubou-te aos meus Sonhos...
E eu vi
que, afinal, não era um Poeta!...
CARTA NUNCA LIDA
Aníbal
Nobre
Encontrei numa arca já sem cor,
num sótão poeirento, há muito
herdado,
entre selos, papéis, versos de
amor,
um pequeno envelope 'inda
fechado.
Abrindo-o fiquei muito intrigado,
pois encontrei no seu interior
uma carta de amor não disfarçado
sem qualquer referência ao seu
autor.
Não sei, também, a quem se destinava,
mas sei que era de alguém que
muito amava
sem ser correspondido, pela
certa.
Dizia a terminar: “Por compaixão
responde-me dizendo Sim ou
Não...”
— E a carta nem sequer estava
aberta!...
REGRESSO
Aníbal
Nobre
Deixei-te,
minha aldeia, e não sabia
Que
um dia a minha humilde mocidade
Seria
recordada com Saudade
Até
onde a memória chegaria!...
Soubesse
eu, minha aldeia, nesse dia,
Quanto
amor por ti sinto, na verdade,
Ficaria
contigo, de vontade,
E
jamais estes versos escreveria!
Mas
a Vida, que sempre foi madrasta,
Ao
ver-me velho e fraco, disse: Basta!,
Por
remorsos talvez... talvez por dó...
Por
isso regressei, p’ra ter a sorte
De
renascer em ti, após a morte,
Sob
a forma de terra, cinza e pó!...
SONHOS
DE POETA
Aníbal
Nobre
Eu
fui além do Mundo em pensamento!,
E
após essa “viagem” sem cansaço,
Nas
asas do meu Sonho posto ao Vento,
Em
pensamento eu fui além do Espaço!
Depois
foi o “regresso” e o lamento;
O
sabor a Tristeza e a Fracasso...
Mas
se foi curto o meu Contentamento,
O
grau de intensidade não foi escasso!
Em
meus sonhos eu vou aonde quero !
E
tenho sempre à espera — assim o
espero! —
Alguém
com Amizade p’ra me dar.
Ah! Mesmo
quando a Vida o não consente,
Não pode —
nem ninguém! — por mais que tente,
Impedir
um poeta de sonhar!...
POETAS
Aníbal
Nobre
No
mundo, Portugal é o primeiro
Na
lista dos Poetas de primeira.
Lembro
Camões, Bocage, Sá Carneiro,
Florbela,
Augusto Gil, Lopes Vieira.
Antero
de Quental, Guerra Junqueiro,
Gedeão,
João Braz, Mourão-Ferreira,
Garrett,
Dantas, Cândido Guerreiro,
João
Lúcio, Correia de Oliveira;
Fernanda
de Castro, Jorge de Sena,
Torga,
João de Deus, Maria Helena,
Todos
deixaram rastros de cometas!...
Tal
como Aleixo, Ary, Silva Tavares,
Não
sei se são “Poetas populares”,
Mas
sei que todos eles são Poetas!
SONETO —
O MALTRATADO
Aníbal
Nobre
Deve o
Soneto andar preocupado
Por tanta e tanta gente o maltratar...
— Mal
começam, agora, a versejar
E logo é
o Soneto “o desejado”!...
Iniciam,
assim, pelo telhado,
O prédio
cuja sina é desabar...
—
Rabiscam duas quadras p’ra juntar
A dois
tercetos mais... e ei-lo acabado!...
O Soneto
devia, como outrora,
Reinar
entre as estrofes... Mas, agora,
É ‘scravo
dos poetas mais diversos...
Se o
Soneto falasse, certamente
Diria,
entristecido, a muita gente:
— O que
fazeis são só catorze versos!...
A
VELHICE E A SOLIDÃO
Aníbal
Nobre
Tu
não é um idoso, meu Irmão!
A
velhice não é o que tu dizes!
Quantos
jovens não vês mais infelizes?!
E
quantos, como tu, felizes são?!
Tu
não sabes o que é a Solidão,
Nem
conheces, sequer, os seus matizes...
Em
saúde tu és dos mais felizes
E
nunca te faltou Amor e Pão!
Nunca
digas que és velho e solitário;
Segura
as santas contas de um rosário
E
dá Graças a Deus no teu rezar.
Ser
velho e solitário é ser sozinho;
É
ter 'spinhos sem rosas, no caminho,
E
ninguém que possamos procurar!
O
MAR E EU
Aníbal
Nobre
Sempre
que vejo o Mar sinto-me triste!
Traz-me
Saudade esta visão sem par!...
E
toda a mágoa que em meu peito existe
Vem
a meus olhos, quando vejo o Mar!...
Porém,
o meu desejo não resiste
A
vê-lo e a ouvi-lo murmurar...
Sou
como um nauta frágil que desiste
Havendo
tanto mar por navegar!...
Ele
é — como a
Saudade — amargo e doce;
Tem sobre
nós uma atracção e posse,
Pois dá
fome ou fartura a quem convida...
Cada onda
é um verso... tal qual fosse
O Sal com
que a Saudade a si me trouxe
Ou o mel
com que adoça a minha Vida!
PINTOR DA
LIBERDADE
Aníbal
Nobre
Se um
homem te negou teu mérito e valor
E vives
sem ter Pão, à beira da derrota,
Não
deixes de lutar, pois teu Talento brota
Do mágico
pincel que faz de ti Pintor!
Se um
homem confiscou teus quadros, com rancor,
E não
reconheceu, na Arte, a tua quota,
Não
deixes de pintar e segue a mesma rota
Que ele
há-de ser o réu e tu o julgador!
Artista
como és, trabalhas por castigo...
Tens
Génio, mas não tens ajudas nem abrigo
E lutas
p’ra que chegue um dia a tua Hora!
Mas vê:
Também Rembrandt viveu como um mendigo;
Faltou-lhe
o Lar, o Pão, morreu sem um Amigo...
Viveu
pior que tu, pois tu és Livre agora!
RECORDAÇÕES
Aníbal
Nobre
Foi ao
deixar o Lar que eu tanto amava
— A casa
onde vivera toda a Vida! —
Que num
sentido adeus de despedida
Perdi
todos os Bens com que sonhava...
Brinquedos
de menino, que guardava
Numa
caixa sem tempo, apodrecida,
Foram,
por mim, deixados à saída,
Onde o
carro do lixo os esperava...
Eram
bolas, piões, jogos diversos;
Livros de
fadas, mil ingênuos versos;
Soldadinhos
de chumbo em abundância...
...Sem
Família nem Lar, recordo agora
Quando
foi que perdi e deitei fora
O melhor
que já tive — a minha infância!
MERCADORES
DE AMIZADES
Aníbal
Nobre
Quando eu
tinha saúde e bom dinheiro,
Havia
“amigos”, sempre, à minha volta;
Onde quer
que estivesse tinha escolta...
E nenhum
me largava o dia inteiro!
As
“amigas”, sabendo-me solteiro,
Não
permitiam que eu “andasse à solta”...
Faziam
fila... quase uma revolta
Quando
levava alguma ao joalheiro!
Porém,
agora que o dinheiro é raro
E o ter
saúde já me custa caro,
Vejo — e
lamento! — quanta vez errei!
De “mil
amigos”, nem um só Amigo!...
E a meia
dúzia que ficou comigo,
É só de
Amigos a quem nada dei!
NAMORADOS
DE OUTRORA
Aníbal
Nobre
Há
quarenta e dois anos que a não via!...
Desde o
longínquo dia em que parti,
Não sei
quantas saudades eu senti
Até ao
reencontro neste dia!
Olhou-me
com a mesma Simpatia
De quando
a namorei e a conheci...
Tratei-a
por Amiga, mal a vi;
Tratou-me
por Amigo! Que Alegria!
Sendo
Amizade antiga e verdadeira,
Manteve
em nosso peito uma fogueira
Ardendo a
Vida inteira, na verdade...
Nada —
nem o Amor! — tem tal constância,
Nada
resiste ao Tempo e à Distância
Como o
faz a fogueira da Amizade!
A MULHER
DOS MEUS SONHOS
Aníbal
Nobre
Sonhei-a
tanta vez, que já nem sei
Se foi
somente um sonho ou se existiu;
Só sei
que pela Vida a procurei
E nunca a
encontrei... Nunca me viu!...
Em cada
sonho a mim se dirigiu
Faminta
dos mil beijos que lhe dei;
E se na
Vida sempre me fugiu,
Nunca
fugiu dos sonhos que sonhei!
E, assim,
de sonho em sonho fui vivendo,
Gastando
a mocidade... envelhecendo...
Trespassado
p’las setas do Cupido.
Jamais
amei, na Vida, outra qualquer,
Na esp’rança
de encontrar essa mulher
Que
talvez nem sequer tenha existido!
O HOMEM,
A VIDA E A MORTE
Aníbal
Nobre
A Vida é
Ilusão por nós criada,
Como a
Tristeza o é, e a Alegria;
E o Sol,
a Terra, o Mar, a Noite, o Dia,
Também
são Ilusões! São Tudo e Nada!
A Treva,
a Luz, o Vento, a Trovoada,
Não
passam da mais pura fantasia;
É tudo
uma Ilusão que o Homem cria
P’ra dar
mais colorido à Caminhada!...
Porém, se
o Homem quer, desde menino,
Traçar as
directrizes do Destino,
Moldando
a Vida à sua dimensão,
A Morte,
desprezando essa atitude,
Mais
forte do que a Vida, não se ilude...
E leva,
quando quer, nossa Ilusão!
O CÉU É
AQUI
Aníbal
Nobre
Subi mui
lentamente, passo a passo,
A difícil
Montanha desta Vida...
E nem
mesmo na hora da partida
Temi ser
derrotado p’lo cansaço.
Depois, à
estoica força do meu braço,
Plantei
Sonhos e Rosas na subida...
Levei
todas as Mágoas de vencida,
Conquistando
à Montanha o meu pedaço.
No alto,
o Céu azul estava ali!
Valera
bem a pena o que sofri,
Pois
Terra e Céu, tocando-se, eram meus...
...Mas a
provar que tudo era mentira,
Caí dessa
Montanha a que subira...
...E nem
sequer no topo encontrei Deus!...
SONHAR É
O QUE ME RESTA
Aníbal
Nobre
Não sei
quem fui, mas sonho o que serei:
—
Miragem, fonte, nuvem, vento ou véu...
E sei que
não sabendo quem fui eu,
Nem tendo
descobrir por que o não sei!
Não sei
que fiz, mas sonho o que farei:
— De
poeta, juíz, carrasco ou réu...
E sonho
ser cometa rumo ao Céu,
E ter um
trono de oiro, sendo rei!
A minha
Vida é feita de Ilusões
Com que
mascaro eternas decepções,
Fingindo
não saber por que me iludo.
Sonhar é
quase tudo o que me resta!,
Porque a
Vida real não dá — Empresta!
Enquanto
que os meus sonhos dão-me tudo!...
A VIDA
Aníbal
Nobre
Só quando
me interrogo sobre a Vida
É que eu
vejo o que a Vida é, realmente:
— A Vida
é uma ilusão p’ra toda a gente,
Quer seja
a preto-e-branco ou colorida!...
Nós
passamos por Ela de fugida,
Sem tempo
p’ra viver coerentemente;
O
Passado, o Futuro e o Presente,
São
Tempos ilusórios, sem medida!...
Nascemos
a chorar... e assim vivemos!
Julgamos
saber tudo... e não sabemos
Nem mesmo
distinguir o Bem do Mal.
A Vida
pode ser Inferno ou Céu,
Pode
fazer de nós Juíz ou Réu...
Mas só
quando termina é que é real!...
ETERNA
PROCURA
Aníbal
Nobre
Andei a
procurar-me a Vida inteira
E com
tamanho ardor me procurei,
Que
cheguei a parar à minha beira...
E nem
sequer então eu me encontrei!
Eu fiz da
minha mágoa uma bandeira;
E tanto
de mim dei, que já nem sei
Se me
perdi na Vida ou foi cegueira...
Pois sei
valer bem menos do que dei!
Não sei
que fiz de mim, nem porque choro;
Não sei
onde encontrar-me... que onde moro
Ninguém —
nem mesmo eu! — procurará.
Mas sei
que procurar-me é meu destino...
E que
perdido em mim vive um menino
Que só um
dia Deus encontrará!
PRÍNCIPES
PERFEITOS
Aníbal
Nobre
João II,
o “Príncipe Perfeito”,
O maior
Rei de toda a Monarquia,
Reinou
catorze anos, por direito,
E fê-lo
com vigor e com mestria!
O Soneto,
também Príncipe eleito
No Reino
singular da Poesia,
Possui
catorze versos e o conceito
De ter a
Perfeição por companhia!
Se ambos
são, muitas vezes, maltratados,
Muitos
mais — por mais gente — são louvados,
E também
contestados muitas vezes.
Mas isso
só lhes dá Força e Razão,
E não é
por alguns que não serão
Os
“Príncipes Perfeitos” Portugueses!
Fontes:
Livro “Palavras
Cristalinas”, Edição da Academia Antero Nobre, Ano
de 2002
Antologia “Poetas Imortais”,
Vol.V, Recolha, Coordenação e Composição Gráfica de Aníbal Nobre, Portugal, Ano de 2015
Este é o poeta que eu gosto... humilde, simples e verdadeiro.
ResponderExcluirCom um palmarés inigualável, sem nunca procurar os troféus e medalhas que alguns recebem, pelos seus trabalhos medíocres, apenas pela sua fotografia política, porque a comparar com este HOMEM com letra grande, tem ainda muito caminho a percorrer para lhe abotoarem os atacadores dos seus sapatos. É de longe o Poeta Português mais Premiado. O segundo poeta português mais premiado tem metade dos prémios do senhor Aníbal Nobre. Há alguns anos atrás ganhou em Paris o Prémio literário Miguel Torga, prémio este que não é para qualquer um. Estes são alguns dos seus trabalhos espectaculares, mas que apenas alguns conhecem. Faço um desafio a quem de direito, para que a nível nacional o possamos homenagear em vida. Convido as entidades interessadas a poderem contactar-me para o número 965 70 64 20, pois gostava de ver este senhor ser reconhecido pelo nosso País. Bem hajam.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirNão sei se esta mensagem em relação ao Aníbal Nobre tem algum tempo mas fosse possível gostava de entrar em contacto com o Aníbal, pois fui colega de trabalho e tenho saudades de o ver. Os meus agradecimentos
ExcluirSaudações AMIGO, gostaria de voltar a entrar em contacto com o senhor.
ResponderExcluirJá passaram bastantes anos.
O meu e-mail: filipe.ai.batista@gmail.com
Os melhores cumprimentos
Filipe Batista (filho de Henrique e Lídia, antigos proprietários do restaurante Henrique Pereira Batista, situado no Bairro dos Pescadores, Olhão.
Saudades suas grande amigo. Gostaria de voltar a ter contacto consigo. Ass: Hélder, Filho do Vilela.
ResponderExcluirheldervilela93@gmail.com
ExcluirBoa tarde.gosraria de obter o contacto do sr Anibal Nobre.Sou portugues radicado em New Jersey .Podera enviar me por email.....Tonymatosconstructionllc@yahoo.com..Obrigado
ResponderExcluirAntonio Matos