Dados Biobibliográficos do Autor



VASCO DE CASTRO LIMA nasceu a 22 de dezembro de 1905, em Lavrinhas (Estado de São Paulo); porém, ainda criança, mudou-se para a vizinha Cruzeiro. Aliás, é Cidadão Cruzeirense, por decisão unânime da Câmara Municipal daquela cidade. *** Tetraneto do Capitão-mor Manoel Domingues Salgueiro, nascido em 1749 e falecido em 1818 ("herdeiro do sangue puríssimo dos denodados desbravadores dos sertões brasileiros, indo entroncar-se, em linha direta, no sangue do próprio cacique Tibiriçá, o maioral de Piratininga"); casado com Ana Maria Pereira; chefe e tronco da principal família de sua terra natal, a freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Hepacaré, elevada, em 1788, à categoria de Vila, com o nome de Lorena; Alferes de Milícias em 1776, depois Capitão-mor e, em 1788, o primeiro Juiz Ordinário, de Lorena. *** Trineto do Capitão-mor Manoel Pereira de Castro (1777-1846), pri-meiro Capitão-mor. da Companhia de Ordenanças do Novo Caminho do Rio (de Lorena para o Rio). *** Bisneto da Viscondessa de Castro Lima (1808-1882), casada com Joaquim José Moreira Lima (1807-1879), e agraciada depois de viúva, no mesmo ano em que perdeu o marido. *** Neto do Barão de Castro Lima (1828-1896), que, em junho de 1889, "foi nomeado Vice-Presidente da Província de São Paulo, tendo sido convocado a assumir o Governo, por moléstia do Presidente, General Couto de Magalhães, poucos dias antes da proclamação da República". *** Sobrinho-neto de Conde de Moreira Lima (1842-1926), extraordinária figura humana, inesquecível pelo seu entranhado amor à Religião e à Pátria, "fidalgo mais pelas ações do que pelo brasão". *** Filho de Carlino Moreira de Castro Lima e de Alice Oliveira de Castro Lima, ambos falecidos. *** Casado com Maria Alves Lopes de Castro Lima, Instrumentadora. Tem um filho, Juarez Antônio Alves de Castro Lima, Advogado. *** Concluiu seus estudos primários no Grupo Escolar de Cruzeiro, bacharelando-se em Ciências e Letras pelo Ginásio São Joaquim, de Lorena. E Técnico de Administração. No Ginásio, dirigiu a revista colegial "O Grêmio". "Foi Professor da "Escola Melo Viana", e fundador, Diretor e Professor do "Colégio Ipiranga", em Cruzeiro. *** Também em Cruzeiro, foi Presidente da "União de Moços Católicos"; e dirigiu o Semanário "O Paulista" e a revista "Rede Mineira". *** Ainda em Cruzeiro, ocupou o cargo de Secretário efetivo da Rede de Viação Sul Mineira, depois Estrada de Ferro Sul de Minas (setembro de 1930 a 1936). Sucessivamente, exerceu outras altas funções administrativas, de assessoria e de chefia: no Gabinete do Diretor da Rede Mineira de Viação, em Belo Horizonte (1936 a 1943); no Gabinete de quatro Presidentes da Companhia Vale do Rio Doce S.A., no Rio de Janeiro (1943 a 1954); no Gabinete dos oito primeiros Presidentes da Petróleo Brasileiro S.A. — PETROBRÁS, no Rio de Janeiro (desde a sua fundação, em 1954); na Refinaria Duque de Caxias, onde, do início da construção, em 1959, até 1962, foi o Chefe do Departamento de Serviços Gerais. Continuou a servir à PETROBRÁS, ali se aposentando em 1977, quando era Chefe da Divisão Administrativa, dos Serviços Auxiliares do Rio de Janeiro. *** Jornalista profissional (carteira registrada na Delegacia Regional de Belo Horizonte, sob o nº 388, Livro 1, fls. 200v.), militou na imprensa mineira e carioca, de 1937 a 1954. Foi Redator do "Estado de Minas", "Diário da Tarde" e '"Agência Meridional", pertencentes aos "Diários Associados", em Belo Horizonte; Redator-Chefe da Revista "Alterosas" e Redator-Secretário da "Revista Mineira de Engenheiros", igualmente de Belo Horizonte; Redator de "Vanguarda" e "Diário do Rio", e Redator-Chefe da tradicional "Gazeta de Notícias", todos do Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, foi fundador e primeiro Presidente da Associação Mineira de Cronistas Esportivos. Também militou no rádio: locutor e Diretor de "Broadcasting" da "Rádio Sociedade Mantiqueira" (PRG-6), de Cruzeiro; e locutor da "Rádio Guarani" (PRH-6), de Belo Horizonte. *** Autor da volumosa obra "A Estrada de Ferro Sul de Minas" (trabalho histórico-descritivo, COPAG, São Paulo, 1934); e dos seguintes livros de versos: "Lágrimas da Alvorada" (1926), "Cascata de Ilusões" (1938), ambos com edições limitadas e fora do comércio; "Inquietude" (Gráfica Queiroz Breyner Ltda., Belo Horizonte, 1940); "Vergel do Paraíba" (Oficina Gráfica Professor João Silveira, Cruzeiro, 1962); "Trovas da Minha Ternura" (Editora Minerva Ltda. e distribuidora Livraria Freitas Bastos S.A., Rio de Janeiro, 1965); "Correnteza" (editado e distribuído pela Livraria Freitas Bastos S.A., Rio de Janeiro, 1966); e "A Estrada do Sonho" (editado pela Gráfica Portinho Cavalcanti Ltda., e distribuído pela Civilização Brasileira S.A., Rio de Janeiro, 1979). Tem obtido inúmeros lauréis e premiações em concursos de poesias, de trovas, Jogos Florais, etc., em vários Estados brasileiros e também em Portugal. Escreveu diversos prefácios para livros de poetas brasileiros contemporâneos. *** Pertence às seguintes entidades culturais e literárias: Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro (Patrono da Cadeira: o poeta Gomes Leite); Academia Brasileira de Jornalismo (Patrono da Cadeira: Adolpho Bergamini); Academia Valenciana de Letras (Patrono da Cadeira: Alberto Maranhão); Academia de Letras do Vale do Paraíba (Sócio Honorário); Grupo Cruzeirense de Cultura; "Casa do Poeta", de São Paulo; União Brasileira de Trovadores (da qual foi fundador, e Presidente na Seção da Guanabara, além de Presidente do Conselho Nacional). Reside no Rio de Janeiro. 

Um comentário:

  1. O apelido "De Castro" entrou na onomástica portuguesa no século XIV, quando do casamento do Infante Pedro, que viria a ser "Pedro I de Portugal" veio para a corte portuguesa, Inês de Castro, como dama de honor da noiva Constança Manuel, depois vieram os seus irmãos que vieram a ser grandes amigos de Pedro. A partir destes primeiros elementos a genealogia dos Castros espalhou-se por todos os rincões de Portugal. Em séculos posteriores elementos das grandes genealogias portuguesas demandaram o Brasil e a onomástica portuguesa entrecruzou-se entre Portugal e Brasil... Estará o nome do autor de "O MUNDO MARAVILHOSO DO SONETO" neste entrecruzar de famílias luso-brasileiras? Seja como for... vou aqui deixar um soneto em invocação e memória póstuma deste grande sonetista e amante das letras que foi Vasco de Castro Lima.



    RÉQUIEM POR COIMBRA E POR INÊS DE CASTRO.


    Desde que Inês morreu… este lugar
    povoou-se de lírios e de rosas
    que ouvimos, entre si, a murmurar
    lembrando cenas tristes – dolorosas !...


    As águas, do Mondego, vão p’ró mar,
    em lentas ondas leves – lacrimosas !...
    nas margens, as ervinhas, a chorar…
    vão crescendo, orvalhadas, mas saudosas !...


    Coimbra é um lugar de refrigério…
    mas… também, de paixão e de mistério,
    aonde até o ar fala de amor !...


    Onde se sente o peso da saudade
    e se ouve, em cada rua da cidade,
    dores e suspiros de Inês em cada flor !...


    Matos Serra
    25-01-2017





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