(Francisco
Manuel) Matos Serra
Monforte,
Distrito de Portalegre, Alto Alentejo, Portugal (1937-
)
ALMA DE PASTOR E DE POETA
Matos
Serra
Há
no quadro campestre que vos narro
os
motivos mais puros e genuínos:
um
cocho de cortiça p’rós caninos,
um
cajado, uns alforges mais um tarro,
um
poço, um chafariz e um chaparro
donde
as aves canoras soltam hinos,
um
tigrado rafeiro e uns ovinos
que
dormitam às horas do acarro.
É
o meu ambiente donde emana,
neste
ardor da planura alentejana
na
forma genuína mais dileta
deste
Alentejo puro e sossegado…
à
sombra do chaparro e junto ao gado,
minh’alma
de pastor e de poeta.
ANSEIOS
DE LIBERDADE (II)
Matos
Serra
Quem
me dera ser livre como o vento
que
circula p’las faldas da montanha…
subir,
pela razão, ao firmamento.
E
que a minha visão fosse tamanha…
que
pudesse dotar-me o pensamento
da
força e da vontade que acompanha,
que
permite, sustenta e dá alento
como
a um bom soldado na campanha!...
Que
o ser humano é livre p’lo saber,
p’lo
querer, pela razão, pela vontade
e
p’la capacidade em discernir…
É
pela consonância do meu ser
com
os livres caminhos da verdade
que,
eu, livre… traço o plano ao meu agir.
CONSELHO
AOS SÉNIORES
Matos
Serra
Inevitavelmente
o tempo vai,
a
hora flui e urge o dia-a-dia…
Não
penses muito nisso e abstrai,
põe
na vida a doçura da poesia.
Põe
graça nas palavras e recria
o
teu sonho, de um dia que se esvai,
noutro
sonho, de amor e de alegria,
que
adoce a tua vida, e, descontrai…
E
revive o teu tempo de criança
com
prazer, alegria, sonho e graça…
Olha
o tempo que passa, não espera…
Abre-lhe
as portas largas da bonança,
convive
sem espinhos nem mordaça
e
faz do teu outono a primavera !...
CONTO
DA DOCE INÊS
Matos
Serra
Era
uma vez, Inês, que foi rainha;
de
Castela, veio ela - a doce Inês,
e
com ela a Constança que já vinha
prometida
ao Pedro Português.
Envoltos,
Pedro e Inês num entremez,
Pedro
não fez, talvez, o que convinha...
meteu-se
num triângulo e duma vez...
desfez
o compromisso que já tinha.
Difícil
foi conter amor tão forte...
Que
Inês era tâo linda como as flores.
Amor
ultrapassou penas e dores...
Pode,
até, resistir à própria morte...
Inês
morreu de, amores p'lo seu consorte,
sem
sorte... que a doce Inês morreu d'amores!...
EM
BUSCA DE UM POEMA PARA DULCINEIA
Matos
Serra
Eu
procurei na vida o meu caminho
p’las
v’redas da ventura e do amor…
e,
procurando, andei, de flor em flor,
um
nexo de ternura e de carinho.
Carícia
e afago são arminho…
eu
vou tecendo a vida em tom e cor…
sou
aedo, poeta… e sou cantor
em
busca da flor do verde-pinho…
Eu
ando procurando, amor, o mote,
e,
sempre, nesta busca hei de viver…
no
meu cavalo-alado sigo a trote…
Em
busca de um poema por haver
e
eu serei, por ti, – um D. quixote
se
a minha Dulcineia quiseres ser…
IMAGINADAS
METAMORFOSES (II)
QUEM
ME DERA, AMOR!...
Matos
Serra
Ai
quem me dera, amor, que eu fosse o mar
tu
viesses banhar-te em minhas águas…
ter-te
incluída em mim p’ra te abraçar
e
te poder lavar penas e mágoas !...
Ires
ao fundo de mim a navegar,
eu
sentir-te brincar em minhas fráguas,
em
ondas de prazer a naufragar…
agitares-te
comigo em doces vagas !...
Seres
a doce sereia do meu mundo,
meu
coração teu porto e terno abrigo,
um
mar sem tempestades, mar do sonho…
banhares-te
em meu amor sempre mais fundo,
´spraiar-me
eu nas areias, e… contigo,
Tornar-me
num mar calmo, um mar risonho !...
IMAGINADAS
METAMORFOSES (VIII)
QUEM
ME DERA, AMOR.
Matos
Serra
Quem
me dera que eu fosse a primavera,
teu
campo colorido e sem entraves…
e
nele um manso rio de ternas naves,
sempre
alegre, e feliz, à tua espera.
Que
eu fosse a primavera… quem me dera!...
Ter
sempre manhãs limpas e suaves…
com
brisas, muitas flores e cantos de aves,
projeção
da minh’alma tão sincera!...
Se
eu fosse a primavera, meu amor…
em
cada dia dar-te a graça de uma flor,
como
a papoila, alegre, dos trigais!...
Do
leito deste rio do meu carinho
atapetava
em ‘sp’rança o teu caminho
para
não te ver triste nunca mais!...
SONETO
A UMA MULHER X
“FOGO
ARDENTE”
Matos
Serra
Essa
mulher é fogo, um sol ardente…
Num
rosto de rainha da beleza
uns
lábios a lembrarem framboesa
deixam
–me toda a alma incandescente…
A
voz… um belo som da natureza,
com
eco mavioso e estridente,
num
timbre que se solta, alegremente,
e
faz ‘spalhar o tédio e a tristeza…
Seu
corpo, de sereia, me enlouquece…
ao
vê-la a loucura se acentua…
se
passa, junto a mim, perco o juízo…
é
como um terno sol que me aquece…
Em
sonhos fico a vê-la, toda nua,
assim
como Eva andou no paraíso !...
SONETO
APIMENTADO
SOB
O SIGNO DE EROS
Matos
Serra
Seus
lábios a lembrarem framboesa,
nos
cabelos a cor loura do trigo,
num
rosto nunca vi tanta beleza…
Meu
Deus!... Quero esquecê-la e não consigo !...
Sua
voz é um som da natureza,
eco
de fresca aragem, vento amigo
a
lembrar-me palácios de princesa
aonde
eu procurar porto de abrigo!...
Se
ela passa uma aura se desprende,
se
ela fica uma aura se acentua,
se
quer ir… que ela fique se pretende…
porque,
assim, a tristeza se atenua…
Qual
é o coração que não se rende?
Se
ela é tão bela, assim… Que será nua?
SONHO
DE UMA NOITE DE VERÃO
Matos
Serra
Sai
das ondas num barco de cristal…
vem
timonando, sobre as águas, nua!...
Aporta
á praia e, junto ao areal,
qual deusa, dos mares, que se insinua,
voga
esbelta, divina e irreal
na
concha, cristalina, que flutua…
uma Circe Loura e sensual,
suave,
alvinitente como a lua !...
O
seio desnudo, túmido, fremente…
agita
o meu sonho e o meu ardor,
vogamos
em delírio pelos espaços…
Óh!...
que o sonho durasse eternamente…
que,
assim… eu tê-la-ia por amor…
indefinidamente,
nos meus braços!...
SONHOS
MARÍTIMOS
'MA GRUTA NO MEU PEITO.
Matos
Serra
O
meu amor vivia junto ao mar…
‘ma
Deusa das arribas pedregosas,
‘ma
gruta, alcantilada era o seu lar,
traçada
pelas ondas alterosas.
Visitei-a,
em noites de luar,
em
viagens, que fiz, misteriosas…
fiquei
sempre infeliz ao acordar
por
elas serem, só, imaginosas…
Agora
tenho a gruta é no meu peito
e
de a tirar, de lá, não vejo jeito…
e,
sinto, à sua volta, arder um círio !...
Agora
já não durmo e já não sonho…
Sem
as chances do sonho ando tristonho
que
o sonho se tornou no meu martírio.
TERNO
LAÇO
“UMA,
LESTA E LOURA… OUTRA, CALMA E MORENA…
Matos
Serra
Lá
vai aquela lesta, loura e linda,
ela
vai linda e lesta, bela e loura…
É
tão linda… e vai lesta e na berlinda.
bem
vinda… por ser linda e sedutora !...
É
porque ela é tão linda e lesta ainda…
é
que ela segue, assim, dominadora…
no
traço, do seu passo, em que se alinda,
projeta
a energia desta hora !...
Mas…
a seguir, o traço do seu passo,
vai
outra que é não loura e vai serena…
No
traço do seu passo me embaraço !...
Serena,
bela e linda… mas morena…
Vai
como um terno laço a que me abraço
como
Cristo abraçou a Madalena !...
A
ODISSEIA DO PÃO – UMA VITÓRIA QUE SE AMASSA
UM
EXEMPLO DE VITÓRIA NA LUTA DO HOMEM
A
MÁGICA GRAMÍNEA
Matos
Serra
PARA
TER O SEU PÃO DE CADA DIA
O
HOMEM DESPENDEU ESFORÇOS INSANOS,
MUITO
DUROS TRABALHOS, MUITOS PLANOS
E
MUITA OUSADA LUTA E TEIMOSIA…
E,
SE NA VELHA EUROPA JÁ HAVIA
A
MÁGICA GRAMÍNEA HÁ DEZ MIL ANOS…
FOI
P’LO ESFORÇO INAUDITO DOS HUMANOS
E
NÃO POR MERA SORTE OU POR MAGIA.
E
SE, A LUZ QUE NOS VEM DO ORIENTE,
É
COISA QUE NOS EXCEDE E ULTRAPASSA,
QUE
DO CÉU SE RECEBE E É DE GRAÇA…
O
PÃO CONSAGRA O NOSSO ESFORÇO INGENTE…
É
MAIS DO QUE UM TROFÉU OU UMA TAÇA.
“O
PÃO É A VITÓRIA QUE SE AMASSA !... “
AMOR,
RAZÃO, JUSTIÇA E PAZ.
Matos
Serra
Eu
queria libertar a minha ‘sperança…
acreditar
no mundo que há-de vir,
queria
querer, antever e pressentir
um
mundo de razão e confiança…
Queria
afastar de mim a má lembrança
para
poder dizê-lo sem mentir…
que
creio no presente e no porvir
e
que s’esperam tempos de bonança.
Pudesse
olhar o mundo num sorriso…
Dizer
que estava a ver o paraíso…
p’ra
lá de ser cretino eu era audaz
Mas…posso
eu acaso… em consciência
dum
mundo aonde impera a violência
‘sperar
amor, razão, justiça e paz ?...
IMAGINADAS
METAMORFOSES
ANSEIOS
DE LIBERDADE
Matos
Serra
Quem
me dera ser ave e que voasse
para
atingir, em voos, os altos montes…
ou
fosse um fresco vento que passasse,
a
visitar, do céu, as frescas fontes.
Ser
um cavalo alado que pairasse
e,
sobre os rios, olhasse as velhas pontes…
ou
ser como uma nave que sondasse,
lá
do alto, longínquos horizontes.
No
que é preciso ver não ter fronteiras,
ser
a águia com asas na razão,
voar
pelos caminhos da verdade…
galgar
todos os muros e as barreiras
a
pôr no meu caminho obstrução
aos
meus vastos anseios de liberdade !...
É
PRECISO (17)
NÃO
CEDER AO FATALISMO
Matos Serra
É
bom olhar e ver, agir, lutar,
unir,
chamar, ouvir e esclarecer…
que
a hora é de juntar p’ra se conter
a
BESTA que começa a despertar.
É
preciso dizer… e não calar
a
nossa raiva imensa… que há-de ser
o
elo… a argamassa… de um querer
que
é muito urgente a gente assegurar !...
Não
podemos dormir nesta floresta
de
enganos… que nos tolhem a razão…
nem
ceder à mentira, ao fatalismo…
Se
enquanto num Chile doce cresce a besta…
o
POVO não sair da inação…
podemos
‘star correndo p’ró abismo.
É
PRECISO ( VI )
Matos
Serra
É
preciso que a gente pense e diga:
Aqui…
manda o amor e manda o bem!
E
é preciso o sonho que prossiga
a
luta contra o ódio e o desdém !
É
preciso que a letra da cantiga
seja
sempre uma lança que se tem,
com
a qual se tente e se consiga
levar
a luz da vida mais além.
É
preciso que a voz da poesia
seja
um pregão lançado aos quatro ventos,
um
toque de alvorada ou um tambor,
um
agitar da vida, uma alegria…
a
inscrever nos nossos sentimentos
a
chama calorosa do amor.
É
PRECISO (VIII)
ANDA
JUNTAR TEU GRITO AO NOSSO GRITO.
Matos Serra
É
preciso que a gente seja agente…
que
quem não é agente não atua…
assobia
p’ró ar e indiferente
enquanto
a muita dor anda na rua!...
Amigo
desta Pátria minha e tua…
de
maneira nenhuma dessa gente
com
a qual a miséria se acentua…
se
torna o povo escravo e indigente…
Porque
a Pátria te chama urgentemente
anda
juntar teu grito ao nosso grito
que
é o grito da Pátria descontente…
Não
fiques arredado do conflito,
vem
reforçar a força desta frente
que
ficar indiferente é um delito.
(Matos Serra in,
Gritos da alma revoltada.)
A
ELMANO SADINO (M. M. B. du Bocage)
(15
de Set. de 1765 –21 de Dez. de 1805)
Matos
Serra
Se
te recordo, agora, caro Elmano,
para
além dos teus versos magistrais,
é
porque ao ter passado mais um ano
te
aproximas, de nós, ainda mais…
Teu
estro é, ainda, um forte abano
no
topete dos neoliberais…
…ter
teu verbo rebelde e soberano
junto
de outros rebeldes teus iguais.
Teu
verbo era subtil e afiado,
zurzias
os tartufos com teu brado
patronos
dos tartufos que há agora…
De
ti, que nem na tumba estás calado,
teu
verbo é um canhão sempre apontado
que
iremos recordar p’lo tempo fora !....
POEMA
XI – DA SÉRIE “É PRECISO”
FÁBULA
DOS CUCOS
Matos
Serra
Nesta
selva de cucos predadores
soçobra
a passarada mais pequena,
eles
vogam no céu como condores
pairando
lá no alto em vida amena.
Alheios
ao esforço e a suores
que
a outros sacrifica e empequena
a
degradar os ninhos dos menores
arrotando
fortuna e vida plena.
É
o cantar dos cucos na floresta…
que
se defenda deles quem puder,
na
selva dominada pelos cucos…
a
luta é a esperança que nos resta,
sem
luta que aqui fique quem quiser…
porque
eu… não fico aqui sem os trabucos.
(Trabucos são alguns dos meus poemas)
MEU
SONETO DE ANO NOVO
Matos
Serra
Desejo,
a todo o mundo, um ano novo…
que
seja novo em ‘sp’ranças, novas vias,
que
seja promissor p’ra cada povo
em
perspetivas, sonhos, alegrias…
Se
em cada novo dia eu me comovo
por
me surgirem tristes nostalgias…
de
um tempo violento que reprovo…
também
posso sonhar em melhores dias…
Quantos
milhares de mortes dores e prantos
nos
trouxeram os tempos precedentes
deste
azarado ano que ora finda…
Os
crimes e dissídios foram tantos
se
ousarmos pretender dias dif’rentes
a
História não parou… há tempo ainda !!!!!!!....
(Matos Serra in,
Portas da Sp’rança.
Em 31-12- 2016.)
MEU
VERBO, MEU VERSO, MEU CAMINHO.
Matos
Serra
Aqui
fica o meu verbo em cada verso,
no
verso que é frequência do meu grito,
escrito
em tom diverso em que me agito
em
conflito… contrito e controverso…
Medito,
e… brota, emerso, o manuscrito…
inscrito
no registo aqui transverso…
contrito,
no poema, fica imerso
o
apelo, ao universo em que acredito.
Eu
creio na inversão deste universo…
preciso
é que o poema aqui vos diga:
deve-se
unir a voz e a ação…
Para
que o mundo, então, seja diverso
precisamos
do sonho que prossiga
nos
caminhos da luta p’la razão !...
(Matos Serra in
Poesia de Cariz Social
Em 20-10-2014)
O
LIBERTAR DO SONHO
1-º
de Maio de 1974.
Matos
Serra
Óh!...
aquelas rajadas de euforia
passando
sobre o mar da liberdade!...
Libertaram
o sonho que jazia
para
lá de cada cela ou cada grade!...
Essa
explosão de alento e de alegria
que
incitou todo o povo à unidade!...
Rio
de sonho, de cor e de alegria
que
varreu as tristezas da cidade.
Quem
poderá ‘squecer aquele dia
Soltando
os sons, as cores, a poesia…
essas
horas alegres já distantes!...
Que
trouxeram os valores da dignidade,
do
amor, da justiça e igualdade
numa
chuva de cravos flamejantes!...
O
MATIZ DAS LIBERDADES
25 de Abril de 1974
Matos
Serra
Fomos
parar silêncios e temores
e
soltar o matiz das liberdades,
a
libertar os hinos e as flores
pelas
aldeias, vilas e cidades;
e
num tempo d’angústias e d’horrores
não
prenderam em nós as veleidades…
soltamos
as canções e os clamores,
ousamos
prender ódios e maldades.
Fomos
os capitães que o povo viu
usar
nossa coragem e ousadia
levando
a humildade em nosso aprumo
nesse
dia marcante em que se abriu
a
porta da esperança e d’alegria
demos
á nossa Pátria um novo rumo.
Uma intertextualidade com o meu soneto "ALMA DE PASTOR E DE POETA"
ResponderExcluirEste intertexto, também de minha autoria, é um prémio literário.
UM QUADRO ALENTEJANO
Ao lado das ovelhas no acarro,
fruindo a companhia do rafeiro,
tenho, junto, os alforges mais o tarro,
a corna do conduto e o caldeiro.
Vendo as rolas, pousadas, no chaparro,
arrolando o seu canto prazenteiro,
a água, do barril, em fresco barro,
pendurado do tronco do sobreiro.
É o meu ambiente onde se inscreve
no ardor da planura alentejana
como nas cores da tela de um pintor…
a natureza pura a que se deve
a aura ruralista donde emana
minh’alma de poeta e de pastor.
Matos Serra
INTERTEXTUALIDADE COM O SONETO "ANSEIOS DE LIBERDADE (II)
ExcluirANSEIOS DE LIBERDADE (III)
LEVEDAR DE AMOR A VIDA.
Quem me dera ser livre como a brisa
que passa, solta e leve, na planura,
e que, ao passar, adoça e suaviza
e torna a natureza alegre e pura.
Ser como a terna aragem que desliza
e enternece, a paisagem, de frescura…
Que os campos predispõe e fertiliza
e deixa, sempre, um rastro de ternura…
Ser minha poesia um terno vento
soprando nesta terra alentejana…
Uma terna monção do pensamento !...
Que eu fosse, nesta terra transtagana,
p’rá vida transformar, terno fermento,
“o levedar de amor a vida humana !...
Matos Serra
6-1-2017
PODERÃO OS MEUS COMENTÁRIOS A MIM PRÓPRIO SER INTERTEXTUALIZAÇÕES DOS SONETOS QUE ANTES ESCREVI?
ExcluirPassear pelo Secular Soneto,é como entrar num filme tridimensional. É por assim dizer, "beber" poesia com a sofreguidão de quem há muito tempo não refresca a alma! Mesmo que saibamos da qualidade do poeta, Matos Serra, ficamos com a sensação de entrar num momento Zen, tanta e tão boa poesia está plasmada neste Blog.
ResponderExcluirUm abraço para si caríssimo amigo, e continue até que a pena do poeta o magoe.
Grato pelas suas palavras, meu amigo Albano, amigo desde há muito e camarada d'armas que foi em tempos de teatros de guerras, grande colaborador que foi, nessas circunstâncias e homem de grande interesse pelas questões da cultura que era e continua sendo, como dá para constatar...pelas palavras motivadoras prometo continuar e agradecer e admirar sempre as suas visitas a este mundo mágico organizado pela nossa querida orientadora e timoneira deste barco de amor à poesia A amiga Regina Coeli. neste convívio poético se encontram Brasil e Portugal.
ExcluirÉ de tal ordem vasta e bela a obra publicada neste blogue, meu caríssimo amigo Matos Serra, que sinto a obrigação de a partilhar, para que o maior número de pessoas possam deliciar-se com a poesia de grande qualidade nela exposta. Forte abraço.
ResponderExcluirGrato, amigo Albano, a poesia, a "Gaia Ciência", como lhe chamou Friedrich Nietzsche, pela sua divulgação agradece... e eu e todo o universo de gente representado neste blogue... também, pela honra e valorização desta muito centenária modalidade poética, o SONETO. Fraterno abraço.
ResponderExcluirNão tem nada que agradecer, caro amigo Matos Serra. A poesia é, quando boa, para ser semeada, sem parcimónia. Este blogue merece isso. Forte abraço.
ResponderExcluir